Ainda há muita chaga neste mundo que deveria ser mencionada mas por agora adianto que no próximo ano tratarei disso quando puder e na medida do possível.
Assim desejo a todos os que por aqui passarem um excelente ano de 2007!
Até pró ano gente!
May the Force be with you all!
Feliz 2007
domingo, dezembro 31, 2006
De um monstro para outro.Só o continente é que muda.
Da Mesopotâmia para a América do Sul.
Chile.11 de Setembro,1973.
Augusto Pinochet.Dele também vimos o seu fim.
Tratou.se de mais um ditador,sanguinário.
Fruto da lógica da Guerra Fria e de doutrinas americanas de contenção do Comunismo,afinal para Washington já bastava Cuba tão ao pé da porta.
Com a ajuda declarada e conhecida da CIA e da Administração Nixon,o General Augusto Pinochet derrubou um regime de esquerda democraticamente eleito,liderado por Salvador Allende e entre 1973 e 1990 assassinou,torturou e fez desaparecer sem rasto centenas de cidadãos chilenos e estrangeiros.
Foram as caravanas da morte,o embarque em aviões de prisioneiros que eram atirados para o Oceano Pacífico;foi a tortura sistemática e as execuções ...foram vários anos assim e outros tantos de encobrimento graças a "amigos" poderosos tais como os Estados Unidos e o Reino Unido.Combateu a disseminação do Comunismo e ajudou a Grã-Bretanha na guerra contra a Argentina em 1982.Com amigos destes...
Matou e mandou matar e sempre contou com uma poderosa e paternalista influência sobre as Forças Armadas e o Senado de que era senador vitalício,estando assim ao abrigo de qualquer tentativa de justiça.
Foi fazendo pouco da dôr e da angústia das famílias dos que foram mortos e que desapareceram.."estava doente" diziam alguns...morreu sem ser julgado.
Mas morreu num regime liderado por uma mulher que não só foi torturada como viu o seu pai ser morto pela Junta Militar de Pinochet...
A História tem destas coisas...e é também por isso que a adoro.
E este também não deixa saudades...
Da Mesopotâmia para a América do Sul.
Chile.11 de Setembro,1973.
Augusto Pinochet.Dele também vimos o seu fim.
Tratou.se de mais um ditador,sanguinário.
Fruto da lógica da Guerra Fria e de doutrinas americanas de contenção do Comunismo,afinal para Washington já bastava Cuba tão ao pé da porta.
Com a ajuda declarada e conhecida da CIA e da Administração Nixon,o General Augusto Pinochet derrubou um regime de esquerda democraticamente eleito,liderado por Salvador Allende e entre 1973 e 1990 assassinou,torturou e fez desaparecer sem rasto centenas de cidadãos chilenos e estrangeiros.
Foram as caravanas da morte,o embarque em aviões de prisioneiros que eram atirados para o Oceano Pacífico;foi a tortura sistemática e as execuções ...foram vários anos assim e outros tantos de encobrimento graças a "amigos" poderosos tais como os Estados Unidos e o Reino Unido.Combateu a disseminação do Comunismo e ajudou a Grã-Bretanha na guerra contra a Argentina em 1982.Com amigos destes...
Matou e mandou matar e sempre contou com uma poderosa e paternalista influência sobre as Forças Armadas e o Senado de que era senador vitalício,estando assim ao abrigo de qualquer tentativa de justiça.
Foi fazendo pouco da dôr e da angústia das famílias dos que foram mortos e que desapareceram.."estava doente" diziam alguns...morreu sem ser julgado.
Mas morreu num regime liderado por uma mulher que não só foi torturada como viu o seu pai ser morto pela Junta Militar de Pinochet...
A História tem destas coisas...e é também por isso que a adoro.
E este também não deixa saudades...
Quem nasceu nos últimos 50 anos quando pensa em Iraque pensa em dôr,guerra,grandes manifestações,grandes tributos a mais outro "grande líder",pensa em petróleo,embargos,zonas de exclusão aérea...pensa em Saddam Hussein.
Nasci em 1981 e ainda me lembro da guerra Irão,Iraque...ainda me lembro dos curdos gaseados no norte do país,dos massacres de xiitas no sul,da invasão do Kuweit,da consequente guerra enfim...um currículo "invejável".
Assisti ao fim do regime e ao fim da sua vida.Se fiquei satisfeito com o primeiro,vejo o segundo como algo lamentável.
Jamais condenaria Saddam Hussein à morte.Jamais.
Não por piedade por um(mais um) monstro mas simplesmente porque sou frontalmente contra a pena de morte.
Vejo a sua abolição como um dos marcos civilizacionais mais marcantes da Humanidade.Não aceito que seja aplicada seja a quem fôr.Nem a Saddam Hussein.
É certo que vejo a agonia iraquiana de longe,mas vou explicar as minhas razões.
Aqui vão:
-As acções daquele tribunal deveriam transmitir uma mensagem segundo a qual não se trata (a condenação à morte) de mais uma ocasião para celebrar a "justiça dos vencedores". Mas sempre a justiça dos "justos".
-Devemos elevar as nossas acções ao nível das nossas crenças e das nossas palavras. Se prezam a paz e se a querem então ele (Saddam) deveria ser testemunha dela.
-Devemos distanciar.nos dos monstros que os carrascos de hoje criaram no passado.Não lhes dando o que querem.Queriam a morte,levassem a perpétua.
-Deveríamos transmitir uma mensagem que fosse mais além do simples e sanguinário "olho por olho,dente por dente".Fartou.se de matar e torturar então que viva por muitos e bons anos para ser testemunha do caos que ajudou a semear.
Saddam deveria estar,portanto,vivo e por muitos anos.
Por querer e ser diferente dele e de muitos outros como ele,gostava que neste momento estivesse vivo.
Nasci em 1981 e ainda me lembro da guerra Irão,Iraque...ainda me lembro dos curdos gaseados no norte do país,dos massacres de xiitas no sul,da invasão do Kuweit,da consequente guerra enfim...um currículo "invejável".
Assisti ao fim do regime e ao fim da sua vida.Se fiquei satisfeito com o primeiro,vejo o segundo como algo lamentável.
Jamais condenaria Saddam Hussein à morte.Jamais.
Não por piedade por um(mais um) monstro mas simplesmente porque sou frontalmente contra a pena de morte.
Vejo a sua abolição como um dos marcos civilizacionais mais marcantes da Humanidade.Não aceito que seja aplicada seja a quem fôr.Nem a Saddam Hussein.
É certo que vejo a agonia iraquiana de longe,mas vou explicar as minhas razões.
Aqui vão:
-As acções daquele tribunal deveriam transmitir uma mensagem segundo a qual não se trata (a condenação à morte) de mais uma ocasião para celebrar a "justiça dos vencedores". Mas sempre a justiça dos "justos".
-Devemos elevar as nossas acções ao nível das nossas crenças e das nossas palavras. Se prezam a paz e se a querem então ele (Saddam) deveria ser testemunha dela.
-Devemos distanciar.nos dos monstros que os carrascos de hoje criaram no passado.Não lhes dando o que querem.Queriam a morte,levassem a perpétua.
-Deveríamos transmitir uma mensagem que fosse mais além do simples e sanguinário "olho por olho,dente por dente".Fartou.se de matar e torturar então que viva por muitos e bons anos para ser testemunha do caos que ajudou a semear.
Saddam deveria estar,portanto,vivo e por muitos anos.
Por querer e ser diferente dele e de muitos outros como ele,gostava que neste momento estivesse vivo.
Para pensar...
Portugal gastou cerca de 4 biliões de euros na época do Natal.O valor movimentado em levantamentos e pagamentos em lojas apenas em Dezembro foi equivalente ao que está previsto gastar-se no futuro aeroporto da Ota.
Entre pagamentos e levantamentos, só no mês de Dezembro, foram movimentados quatro mil milhões de euros, 1,4 mil milhões dos quais apenas na semana antes do Natal, o equivalente ao que o Estado quer poupar em 2007 em despesas com os funcionários públicos.
Começo a pensar que a "crise" com que nos bombardeiam há 5/6 anos das duas uma;ou já passou ou também mete férias em Dezembro e vai para outras paragens.
Como não acho que nenhuma destas hipóteses é verdadeira nem sequer real,concluo que Portugal é um país de alienados.Somos alienados das nossas carências e das nossas dificuldades.Não medimos as consequências dos nossos actos.Somos irresponsáveis.
As famílias não param de se endividar,mergulham num consumismo desenfreado e cego que não tem limites.
Não há Governo ou reformas que valham num Portugal de gente louca.
Há créditos para tudo logo tudo está bem.Errado!Está tudo mal e não é pouco.
Há créditos para tudo,tudo é acessível e para isso basta ter um rectângulo de plástico colorido na carteira...um ou mais claro está.
Não tem dinheiro???Não faz mal...há números por toda a parte que lhe disponibilizam alguns milhares..
Depois é vê.los na televisão a prostetarem contra os aumentos dos impostos a dizerem mal de quem manda,porque lhes tiram tudo e ficam sem dinheiro nenhum para o básico...pudera!
Estranho país este!
Portugal gastou cerca de 4 biliões de euros na época do Natal.O valor movimentado em levantamentos e pagamentos em lojas apenas em Dezembro foi equivalente ao que está previsto gastar-se no futuro aeroporto da Ota.
Entre pagamentos e levantamentos, só no mês de Dezembro, foram movimentados quatro mil milhões de euros, 1,4 mil milhões dos quais apenas na semana antes do Natal, o equivalente ao que o Estado quer poupar em 2007 em despesas com os funcionários públicos.
Começo a pensar que a "crise" com que nos bombardeiam há 5/6 anos das duas uma;ou já passou ou também mete férias em Dezembro e vai para outras paragens.
Como não acho que nenhuma destas hipóteses é verdadeira nem sequer real,concluo que Portugal é um país de alienados.Somos alienados das nossas carências e das nossas dificuldades.Não medimos as consequências dos nossos actos.Somos irresponsáveis.
As famílias não param de se endividar,mergulham num consumismo desenfreado e cego que não tem limites.
Não há Governo ou reformas que valham num Portugal de gente louca.
Há créditos para tudo logo tudo está bem.Errado!Está tudo mal e não é pouco.
Há créditos para tudo,tudo é acessível e para isso basta ter um rectângulo de plástico colorido na carteira...um ou mais claro está.
Não tem dinheiro???Não faz mal...há números por toda a parte que lhe disponibilizam alguns milhares..
Depois é vê.los na televisão a prostetarem contra os aumentos dos impostos a dizerem mal de quem manda,porque lhes tiram tudo e ficam sem dinheiro nenhum para o básico...pudera!
Estranho país este!
segunda-feira, dezembro 25, 2006
domingo, dezembro 24, 2006
sábado, dezembro 16, 2006
terça-feira, dezembro 12, 2006
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Decorre por estes dias em Teerão uma conferência intitulada"Revisão do Holocausto:uma Visão Global".
O que se passa na capital da República Islâmica do Irão é tão "só" negar um facto histórico.
Aquilo a que o III Reich chamou de "solução final para o problema judeu" e que está devida e longamente documentada não é mais do que uma fantasia para uns.Ou mito.
Aquilo a que o III Reich chamou de "solução final para o problema judeu" e que está devida e longamente documentada não é mais do que uma fantasia para uns.Ou mito.
O III Reich como Estado profundamente racista e xenófobo, proclamava a superioridade da raça ariana;as outras eram consideradas inferiores e deste segundo "lote" de raças a mais perigosa,dissimulada e que necessitava de ser enfrentada energicamente era a "raça judia".
As "razões" que serviam de justificação a esta categorização eram várias e não interessam para o assunto neste momento.
O que é certo é que entre 1933 e 1945 a Alemanha nazi levou a cabo a segregação e destruição planeada de um povo em específico e de muitos milhões de pessoas de várias nacionalidades,credos e orientações políticas,religiosas e sexuais.
Esta aniquilação sistemática encontrou a sua forma mais conhecida nos campos de concentração e de extermínio(não são bem a mesma coisa,embora o fim seja o mesmo) que foram sendo criados tanto na Alemanha como no restante da Europa ocupada pelo exército alemão entre 1939 e 1945.
Nestes campos milhões de pessoas morreram devido à má nutrição,abusos físicos,cargas de trabalho cegas,loucas e a todas as outras causas que derivam directa e indirectamente das que mencionei.
Fosse como fosse foi tudo ou quase tudo dar ao mesmo:morte de milhões de homens,mulheres e idosos e crianças.Fosse por "acidentes de trabalho", (como eram catalogados pelas autoridades alemãs) por doenças produzidas pela falta de condições higiénicas(minimamente humanas) ou pelo sadismo das SS que guardavam e "geriam" estes campos de morte.
Os métodos eram vários:execuções sumárias,exaustão,gaseamento,experiências médicas...
O resultado que jamais se conseguiu apurar com exactidão foi de cerca de 10 milhões de pessoas mortas nestes campos,dos quais 6 milhões eram judeus.
Isto são factos,isto faz parte da História do século XX.
Quem coloca em causa a História pretende de forma leviana,irresponsável e insultuosa,brincar com a memória do todos(!) os que encontraram a morte da forma mais vil e amoral.
É brincar com a dor e a memória dos sobreviventes das atrocidades,do sadismo,do pior que habita o ser humano.
Estes revisionistas e/ou negacionistas não sabem o que é ver as suas famílias, a carne da sua carne,sangue do seu sangue serem separados,torturados e mortos por terem cometido o "pecado" de serem de uma etnia,crença,nacionalidade "errada" ou de simplesmente estarem no local errado à hora errada.
Existem muitos recursos onde é possível ver e ouvir "in loco" testemunhos de sobreviventes,de ex-soldados nazis,de SS´s que se prestam a recordar aqueles anos.
Quanto aos últimos que mencionei importa salientar que nenhum,NENHUM NEGOU A EXISTÊNCIA DOS CAMPOS,DO QUE LÁ SE PASSAVA OU DAS SUAS ACÇÕES QUE EXECUTARAM...aliás,muitos há que nem arrependimento mostram pelo que cometeram.
Negar ou questionar a ocurrência do Holocausto é possibilitar que no futuro algo do género volte a acontecer mas o pior é que a Europa já assistiu ao ressurgimento de perseguições,limpezas étnicas e campos de concentração bem dentro das suas fronteiras e já durante o tempo das nossas vidas e não muito longe do nosso Portugal.Falo da desagregação da Jugoslávia e da brutal guerra civil que se seguiu e que mostrou que a Europa em particular e a Humanidade no geral,já se terão esquecido,apesar de terem dito:"NUNCA MAIS".
Post Scriptum:há um português(suprema vergonha )que está em Teerão a participar neste encontro de irresponsáveis e de gente estúpida.
A "argumentação" deste...delegado para querer rever ou negar o Holocausto é a seguinte:"o Holocausto é o álibi perfeito para o Estado de Israel executar as suas políticas no Médio Oriente".
O que se passa no Médio Oriente é que toda a gente tem "direito" aquelas terras e a viver lá mas ninguém se quer entender.Muito,muito abreviado é isto.
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Partilha.
Dedicação.
Solidariedade.
Altruísmo.
Palavras que têm muita força mesmo em dias em que o "cada um por si" é rei.
Lutam estas, poucas mas poderosas, palavras contra grandes males: a fome,o individualismo excessivo e o derrotismo.
A união faz mesmo a força se houver quem tenha as mãos estendidas e o coração aberto para o próximo.
Assim as coisas podem mudar para melhor.
sexta-feira, dezembro 01, 2006
Para quem se interesse por cinema japonês tem aqui uma boa proposta:
Festival de cinema japonês: Nippon Koma
Durante 5 dias há ‘Sol Nascente’ na Culturgest. É um deambular lá na zona onde se confundem realidade e fantasia, mundos híbridos, inexplorados e estimulantes. No campo dos documentários há tensão social e desconcerto. Sugerimos “Otaku”, um curioso mergulho na obsessão dos coleccionadores japoneses de manga, de ídolos pop e bonecas eróticas; ou “Dream Girls”, a entrada no back-stage de Takarazuka, um espectáculo de revista de enorme êxito no Japão, com um elenco exclusivamente feminino que encena fantasias eróticas mas que, fora do palco vive a disciplina e a privação. Nas animações, caímos na dimensão ilusória e onírica, num estado imaginário, inconsciente e virtual. “Animation Soup”, é um cocktail que propõe uma visão original da animação japonesa a partir de 20 curtas de vários cineastas. É a 2ª edição do Nippon Koma!
Tal como nas lendas japonesas em que os protagonistas vagueiam por mundos de fantasia e realidade, sem terem que decidir entre uma ou a outra, esta nova edição do Nippon Koma explorará mais uma vez os interstícios entre o não-representativo, o representativo e o apresentativo. Enquanto que as animações, curtas e longas, aludem simultaneamente ao inconsciente e ao virtual, ao recorrerem a fábulas e formas que desafiam todas as expectativas sobre o simbólico ou imaginário, os documentários exploram idiossincrasias e tensões sociais passadas e presentes, articuladas em modos por vezes profundamente desconcertantes. No seu conjunto, e por entre os mais diversos hibridismos e particularismos, os trabalhos propostos pretendem garantir mais uma oportunidade para explorar, de forma estimulante e intelectualmente cativante, os territórios em permanente recriação da animação e documentário japoneses.
ONDE
Culturgest R. Arco do CegoTel.217905155
QUANDO
Entre 4 e 9 Dez. 2ª a Sábado das 18h30 e 21h30
QUANTO
2€
Arigato!
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