Como explicar o adormecimento que sinto quando te vejo? Porque acontece isto?
A alteração é mais do que notória.
Sou impelido para te olhar mas tenho de resistir. Quero ser invisível para te contemplar;chego a sentir a arrogância de querer ser o teu anjo da guarda,movido pela ânsia de te preservar.
É isto o amor?
Talvez seja um amor aristotélico pois neste sentido, o amor consiste num movimento "de" »»»"para".Sem que o amado conheça o amante.Sem que o amado saiba que o amante existe.Não chego a conclusão nenhuma.Talvez alguém de fora tenha uma visão mais clara desta situação.
"Adormeço" durante horas e fico cansado de tentar "acordar".Estou acompanhado e quero ficar sozinho.Estou sozinho e preciso,quero e anseio por estar acompanhado.
É um turbilhão imenso.Dá-me força quando acaba mas esgota-me enquanto não passa.
Por mais linhas que escreva,parece que é sempre a primeira letra.
Procuro-te como que a pedir o choque para adormeçer de novo.
Vi a tua faceta mais íntima.Hoje ouvi o som dos teus beijos.Fiquei feliz.Parece que encontraste alguém que partilha da diferença que eu tanto valorizo em ti.Mas conhecendo tão pouco de ambos, mais não direi.
Fiquei descansado.Sinto um pouco da saudável inveja mas descansado.
Borboleta Branca
E é sempre a noite que me traz estes pensamentos.
terça-feira, janeiro 24, 2006
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2 comentários:
Há uma pergunta que fazes que me deixou a pensar "É isto o amor?". O que é o amor? O que é que se pode definir como amor? E será que o amor se pode definir? O que para mim é amor talvez não o seja para outra pessoa qualquer e por ai fora... Desculpa, estou a divagar e não era essa a minha intenção. Se isso é amor não sei, mas se achas que é luta pelo que sentes. O que poderás tu perder com essa luta? Nada, ou quase nada.
Bjs*
Passaram-se anos, anos e anos
quantos anos sem ti.
O tempo com certeza levou a paixão desesperada
a loucura exaltada e um desejo insensato
de ainda mais amar que ser amada
O tempo decerto esmaeceu
essa afeição tão magoada.
Foram tantas as paisagens em que deixei
dos meus olhos que te viram
Foram tantos os jardins por onde passeei
para os meus pés aprenderem a andar devagar
e não correrem se te encontrassem algum dia
Foram tantas as coisas belas e raras
que as minhas mãos tocaram
para tomarem outros gestos de graça
que não fossem os de te afagar
Passaram-se anos, anos e anos,
quantos anos sem ti
Julguei-me senão esquecida
indiferente
E afinal,
abri os braços quando te vi!
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