quarta-feira, janeiro 11, 2006

Cometido na sequência da invasão chinesa
Espanha vai julgar massacre no Tibete

O Ministério Público (MP) espanhol vai investigar o alegado genocídio ocorrido no Tibete, que envolve diversos líderes chineses, entre os quais o ex-presidente da China, Jian Zemin. A decisão do MP de Espanha, em resposta ao pedido apresentado pelo Comité de Apoio ao Tibete, considera que a causa tem «suficientes elementos para ser investigada».
Recorde-se que, de acordo com a sentença proferida no passado mês de Outubro pelo Tribunal Constitucional de Espanha, as cortes desse país podem julgar crimes que lesam a humanidade cometidos noutras nações ainda que não haja espanhóis envolvidos.
Activistas tibetanos têm responsabilizado o Governo da China pela morte de milhares de compatriotas e pela destruição do legado monástico e religioso daquela região. Crimes que, asseguram, tiveram lugar na sequência da invasão da China ao Tibete em 1950. A China, por sua vez, alega ter apenas modernizado uma sociedade feudal que nunca foi verdadeiramente independente, pois o Tibete lhe pertencia desde há séculos. Argumentos que, no entanto, podem ser contestados se considerarmos que, na opinião de vários especialistas, as invasões sucessivas provenientes da Mongólia no século XVII podem ter sido a origem deste conflito.

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