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A Morte é tão marcante que apesar da passagem do tempo seremos para sempre as mesmas pessoas quando ela chegou...estaremos para sempre nos mesmos locais,físicos e espirituais,ao recordá-la.Passem 5,10,50 anos ou uma vida inteira...
Evitei tabus,construí outras dimensões na cidade;bolhas contidas no quotidiano em que a mente escapa para o passado,para alguém...
Evitei medos,ficaram angústias.

Choca-me aquela gentinha. A gentinha de plástico.
A gentinha de plástico podre,cínica...as marcas dos carros (da gentinha de plástico),no asfalto;o analfabetismo funcional( da gentinha de plástico) que não sabe reconhecer um sinal de proíbição de fumar quando vê um.
O fio dental que se expõe,que se passeia,dia sim,dia sim nos cús das meninas (da gentinha de plástico).
A linha de montagem (da gentinha de plástico) onde o que muda é a côr e mais nada;onde tudo,parece que propositadamente,permanece igual.
A facilidade com que alguns (poucos)copos de cerveja fazem estalar o verniz (tão mal) composto para a ocasião.
São a cerveja e as zangas das comadres e compadres...sabe-se sempre que houve uma menina (da gentinha de plástico) que não engole mais porque sempre são cerca de 1000 calorias que de uma só vez percorrem boa parte do sistema digestivo o que poderá (eventualmente) dificultar o vestir das novas calças da moda,cujo uso é imperativo...
As opiniões (da gentinha de plástico)mudam com o vento:agora uma coisa,daqui a um minuto ou um intervalo,outra...
Esta gentinha de plástico é como a pele da cobra:todos os anos muda;todos os anos é a mesma.

Odeio Outubro.